terça-feira, 7 de agosto de 2012


Eu excedi os limites. Agora minhas únicas companheiras eras as lâminas, mas mesmo assim eu temia das marcas, não queria chamar atenção de ninguém. As lágrimas foram substituídas por gotas de sangue. Mas eu não me importava. Escondi de todos. Ninguém precisava ficar sabendo. O tempo foi passando, e as coisas foram piorando. Estava difícil não me importar com o que estava havendo. Eu não consegui controlar. Passei as madrugadas molhando o travesseiro com lágrimas, mas ninguém via. Cada vez mais sozinha, me sentindo pior e me odiando cada dia mais por ser tão fraca, tão estúpida. Conheci pessoas novas, mas fui machucada novamente. Me tornei fria. No final só sobraram duas pessoas que realmente se importavam. Meus verdadeiros amigos. Meus anjos. Eles tentaram me ajudar. Mesmo distantes. Mas eu via que isso estava acabando com eles. A cada corte que eu fazia sabia que também estava ferindo a eles. Tentei parar. Mas eu fui fraca. Não consegui suportar a vontade de sentir o sangue escorrer. E lá estava eu me maltratando novamente. Fui me afastando. Era melhor pra eles ficarem sem mim. Só que eles não entendiam isso. Eu ao queria mais magoá-los. Então percebi que desistir era a melhor solução. Tudo ia morrer comigo. E aqueles que se importavam logo iriam esquecer. Eu iria me tornar só mais uma lembrança, as vezes boas, outras vezes ruins. Desistir não foi uma decisão fácil. Mas foi a que me pareceu ser melhor pra ele, e principalmente pra mim. Então, desculpe mas eu estou desistindo. Adeus.

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